Entenda tudo sobre a Taxação de Produtos Importados

Sobre o que vamos falar?

Tempo de Leitura: 4 minutos

O comércio eletrônico internacional vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e muitos brasileiros aproveitam a oportunidade para adquirir produtos mais baratos em sites estrangeiros.

No entanto, essa prática tem preocupado o governo, que vê na isenção de impostos para compras de até US$ 50 uma brecha para a concorrência desleal dos produtos chineses.

Diante disso, o governo havia anunciado mudanças no procedimento de fiscalização aduaneira para fraude cometida por vendedores que declaram valores abaixo de US$ 50 e simulam vendas de pessoas físicas para sonegar impostos.

Porém, após repercussão negativa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou e afirmou que irá manter a isenção para compras internacionais entre pessoas físicas.

Mas como essa mudança poderia afetar os consumidores e os vendedores estrangeiros? Fique conosco até o final e saiba mais!

Como funciona a taxação de produtos importados atualmente

Atualmente, as importações realizadas por pessoas físicas têm limitações quanto ao valor: até US$ 3 mil por operação.

Para compras de até US$ 500, o imposto é simplificado e corresponde a 60% da compra, incluindo o valor do produto com frete e seguro. De US$ 500 a US$ 3 mil, também há incidência do ICMS e uma taxa de despacho aduaneiro de R$ 150.

A partir de US$ 3 mil, a compra se enquadra para pessoa jurídica. Nesse caso, cada produto é tarifado conforme o Imposto de Importação e outros tributos, como IPI, PIS e Cofins.

No entanto, há isenções para alguns produtos, como livros, remédios e encomendas de até US$ 50, desde que realizadas entre pessoas físicas sem fins comerciais.

Contudo, o órgão responsável pela fiscalização aduaneira estava propondo mudanças para evitar fraudes de grandes empresas estrangeiras que sonegam impostos através do fornecimento de informações falsas.

Leia também: Pare de Cometer esses Erros Tributários.

O que a Receita Federal pretendia mudar?

A Receita pretendia mudar o procedimento de fiscalização aduaneira para evitar fraudes em grandes empresas estrangeiras que vendem produtos importados no Brasil através de plataformas digitais como Shein, Shopee e Aliexpress.

Para isso, a proposta era obrigar a apresentação de declarações completas e antecipadas da importação, com identificação completa do exportador e do importador. Já para o caso de subfaturamento ou dados incompletos ou incorretos, haveria multa.

A medida tinha por objetivo combater a sonegação de impostos por essas empresas, que utilizam brechas na legislação para não pagar tributos. Segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, não haveria aumento de impostos, pois já existe a tributação de 60% sobre o valor da encomenda, mas que não tem sido efetiva.

Varejistas Nacionais

Os varejistas nacionais estão preocupados com a suposta falta de controle e a possível fraude de informações nas compras realizadas nas plataformas de comércio eletrônico estrangeiras.

Segundo os empresários, essas empresas utilizam brechas na legislação para subfaturar os preços e burlar a fiscalização da Receita Federal, o que prejudica a concorrência e a arrecadação de impostos no país.

Outra suspeita das autoridades e empresas é que as varejistas internacionais utilizam o fracionamento das entregas para enviar produtos ao Brasil sem pagar impostos.

Taxação da Shein, Shopee e Aliexpress

Com as mudanças que estavam sendo propostas na tributação de e-commerce, era esperado que, por conta da taxação de produtos importados, os itens comercializados por empresas estrangeiras, como Shein, Shopee e outras, sofreriam aumento de preços.

A proposta da Receita Federal era estabelecer ferramentas para viabilizar a fiscalização e exigência de tributos. Isso inclui a obrigatoriedade de apresentação antecipada de declarações completas de importação, com identificação dos envolvidos.

Além disso, não haveria mais distinção de tratamento entre remessas por pessoas jurídicas e físicas, já que a diferença atual tem facilitado fraudes generalizadas.

Como isso afetaria o consumidor final?

Haviam preocupações de que as mudanças propostas afetariam diretamente o consumidor final, já que em alguns casos o imposto poderia acabar sendo mais caro do que a própria mercadoria.

Isso se deve ao fato de que o imposto de importação, que atualmente é de 60%, incide sobre o valor do produto somado ao frete. No entanto, a Shopee alega que a grande maioria das vendas na plataforma são feitas por vendedores locais e as mudanças não afetariam consumidores.

Também, a empresa afirma estar comprometida em colaborar com o governo brasileiro nas mudanças tributárias, apoiando o empreendedorismo local e contribuindo para o desenvolvimento do ecossistema.

Quais seriam as vantagens da taxação de produtos importados?

Vantagens da taxação de produtos importados

As mudanças na tributação do comércio eletrônico poderiam trazer benefícios para os consumidores e para a indústria brasileira. Com a declaração antecipada, esperava-se que as mercadorias chegassem rapidamente ao país e assim fossem liberadas com mais agilidade.

Além disso, a Receita Federal poderia concentrar sua fiscalização nas remessas de maior risco, ajudando a evitar fraudes e aumentando a segurança do comércio eletrônico.

O presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, também defende a medida, afirmando que ajudaria a indústria e o comércio brasileiro.

Esclarecimento da Receita Federal

A Receita reconhece que esse benefício tem sido burlado por plataformas digitais, que enviam encomendas como pessoa física, e não como empresa.

Ainda segundo a Receita, a medida tinha por objetivo garantir um comércio justo e legal no país, o que beneficiaria os consumidores a longo prazo. Desta forma, estes iriam preferir comprar de empresas confiáveis e que atendam a legislação brasileira.

Não estava prevista, no entanto, nenhuma mudança na alíquota de importação para varejistas estrangeiras, e não haveria criação de lei ou imposto para essa questão.

Últimas notícias

Em entrevista nesta terça-feira (18), por conta da repercussão negativa da medida proposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou e afirmou que será mantida a isenção de remessas internacionais para o valor de até US$ 50 entre pessoas físicas.

De acordo com Haddad, as empresas Shopee e Aliexpress prestam apoio a posição do governo em relação a regulação nos termos que o Ministério da Fazenda pretende implementar.

Taxação de Produtos Importados

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